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Coleta Seletiva: Um dos pilares do consumo sustentável


É de comum conhecimento que nem sempre se houve uma preocupação acerca do consumo dos recursos naturais, bem como a destinação dos resíduos produzidos pelo ser humano. Contudo, é inegável que com o passar dos anos, a sustentabilidade tem se tornado um tópico de grande relevância no mundo, principalmente no âmbito político. Uma prova disso é o desmatamento da Amazônia estar diretamente ligado à esfera político-econômica brasileira, no qual investidores (como a empresa finlandesa Nordea e a britânica Legal & General Investment Management (LGIM) pressionam o governo para que haja uma diminuição nas áreas prejudicadas.

Não são apenas desmatamentos e a quantidade de emissão de Dióxido de Carbono (CO2) na atmosfera que preocupam as autoridades e que compõe a esfera do “ecologicamente correto”. Outro tema muito debatido é a coleta seletiva que consiste em separar resíduos recicláveis de resíduos não recicláveis. Sua importância pode ser atrelada ao seu objetivo: Reduzir, Reciclar e Reutilizar, também conhecido como os 3 R’s, pois seguindo estes três passos poupam-se as fontes dos recursos naturais produzindo um consumo mais consciente, para que futuras gerações não só possam se beneficiar de tais insumos, como também possam ter um ambiente melhor para viver.

A coleta seletiva além de possuir um benefício ambiental, também proporciona um retorno econômico para a sociedade em geral. Desde os trabalhadores diretos, como os catadores e a indústria de materiais recicláveis, até as indústrias de bens e consumo são impactadas no quesito financeiro proporcionando uma redução no custo de produção através do que pode ser chamado de economia circular, onde o resíduo de uma fábrica pode ser vendido como matéria prima para outra empresa de setor diferente, como por exemplo o alumínio do setor automobilístico pode ser vendido para as indústrias de produção de latas para bebidas. Outro fator que pode comprovar a viabilidade econômica da coleta seletiva é o investimento da coleta a vácuo subterrâneo na Suécia.

O processo de coleta seletiva dá-se por meio da separação dos diversos tipos de materiais recicláveis que seriam descartados no lixo, como papel, plástico, vidro, metal e o resíduo orgânico, este último é proveniente de qualquer material de resíduo animal ou vegetal. A fim de se ter uma maior eficiência do sistema de coleta seletiva, deve-se separar o lixo reciclável de acordo com a natureza de cada componente, assim o plástico poderá ser destinado a indústria recicladora de plástico, assim como o papel na indústria recicladora de papel e o vidro na de vidro. O lixo comum, é composto de tudo aquilo que não é reciclável e terá como destino final aterros sanitários ou nos piores casos, em lixões.

Lixeiras azuis são destinadas a papéis como jornais, revistas, papelão e papéis A4. Porém, papéis adesivos, higiênicos e fotografias não poderão ser colocados para reciclagem, visto que há a presença de impurezas. Lixeiras vermelhas são correspondentes aos materiais plásticos como garrafas pet, embalagens plásticas e sacos. Mas cabos de panela, tomadas e acrílico não podem ser reciclados. Lixeiras amarelas são responsáveis por materiais metálicos como latas e tampas de metal e aço em geral. Sua exceção é a esponja de aço. Vidros ficam a encargo das lixeiras verdes e produtos como garrafas, copos, potes e recipientes de perfume ou remédio. Todavia, espelhos e óculos não são recicláveis, sendo assim descartados com cuidado no lixo comum. Já o lixo orgânico irá ser reciclado promovendo a produção do adubo natural e também do biocombustível biogás.

As cores das lixeiras descritas acima são as mais conhecidas, entretanto há algumas outras cores para designar corretamente outros tipos de lixo. Lixo orgânico, por exemplo, é descartado em recipientes marrons. Branco corresponde ao lixo hospitalar. Em indústrias é comum encontrar lixeiras de cor laranja para descartar lixos perigosos, como lâmpadas, pilhas e baterias. Lixo radioativo, embora seja menos comum, têm cor roxa. Preto é a cor da lixeira destinada à madeira. Embora difícil de ser descartado, ainda é possível fazer a coleta seletiva de óleo de fritura e também de componentes eletrônicos.

É inegável que a coleta seletiva apresenta incontáveis ganhos a população e as empresas, pois do contrário não haveria um investimento massivo neste tipo de ação. A tendência é o aumento deste tipo de serviço nas grandes metrópoles e a difusão de conhecimento acerca do tema. A coleta seletiva juntamente com a reciclagem é o que possibilitará a presente geração e suas descendências a ter uma melhor qualidade de vida.

Escrito por: Stela Silva

(Bacharelanda em Engenharia Sanitária e Ambiental UFBA)




Quer nos referenciar?

SILVA, Stela. Esa Jr. Coleta Seletiva: Um dos pilares do consumo sustentável. 2021. Disponível em:


Referências



CEMPRE. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: http://cempre.org.br/artigo-publicacao/artigos. Acesso em: 24 abr. 2021.


E-CYCLE. O que é Economia Circular?. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/2853-economia-circular.html. Acesso em: 24 abr. 2021.


MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Coleta Seletiva. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/catadores-de-materiais-reciclaveis/reciclagem-e-reaproveitamento.html. Acesso em: 26 abr. 2021.


SENADO FEDERAL. Como alguns países tratam seus resíduos. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/residuos-solidos/mundo-rumo-a-4-bilhoes-de-toneladas-por-ano/como-alguns-paises-tratam-seus-residuos. Acesso em: 26 abr. 2021.


REUTERS. Investidores europeus ameaçam desinvestir no Brasil devido a desmatamento. G1 Economia. 19 de jun. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/06/19/investidores-europeus-ameacam-desinvestir-no-brasil-devido-a-desmatamento.ghtml. Acesso em: 30 abr. 2021.













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