A compostagem pode ser entendida como a reciclagem dos nossos resíduos alimentares. Ela permite que ocorra a transformação de resíduos orgânicos (sobra de frutas, cascas de legumes e verduras, alimentos em geral) em adubos para hortas, jardins, pomares etc. Uma ótima solução quando o assunto é reduzir o volume dos resíduos domésticos que são encaminhados para o aterro sanitário.
E como funciona o processo de compostagem? É simples! Primeiro todo resíduo orgânico deve estar separado dos outros tipos de resíduos, depois é só acomodá-lo em caixas próprias para compostagem com a presença ou não de minhocas e esperar toda a decomposição da matéria orgânica se transformar em húmus riquíssimo para as plantas.
Se esse processo já é muito importante quando feito em escala individual, imagina quando implantado em um condomínio? Além de ser um diferencial de sustentabilidade, implementar compostagem em um condomínio é um grande favor ao meio ambiente. Não há nada de difícil nesse processo, basta que os condôminos estejam dispostos a adotar uma nova atitude de separar seus lixos e que um funcionário esteja responsável no manejo das composteiras. Depois disso é só sucesso! O condomínio terá como produto um biofertilizante de qualidade para utilizar em uma horta ou jardim do próprio empreendimento, além de reduzir significativamente os impactos nos aterros sanitários e na emissão de gases poluentes.
Na capital Catarinense, Florianópolis, compostagem em condomínios já é lei, a Lei da Compostagem (Lei 10.501, de 8 de abril de 2019) é a primeira no Brasil a se referir ao assunto e proíbe que a totalidade dos resíduos orgânicos produzidos por condomínios sejam incinerados ou levados a um aterro sanitário. Dando um show de exemplo, Florianópolis adotou essa medida com o intuito de diminuir a concentração de resíduos orgânicos nos aterros que chegam a 37% (trinta e sete por cento) da totalidade. Muito legal, não é?! A ideia é que em junho de 2030, 100% dos resíduos orgânicos da cidade sejam obrigatoriamente destinados a compostagem.
Aposte nesta solução! Ao final, a implantação de uma compostagem aumenta a interação entre os condôminos e o condomínio fazendo com que todos se sintam mais em casa naquele ambiente, trabalhando a educação ambiental com crianças, diminuindo a proliferação de vetores de doença como ratos, mosquitos e baratas, valorizando o imóvel por promover sustentabilidade e garantindo biofertilizante para qualquer plantinha na área do condomínio.
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Autoria: Alice Guerra
Bacharelanda em Engenharia Sanitária e Ambiental - UFBA
Fontes utilizadas: